terça-feira, 2 de junho de 2015

AT8. PROJETO VIVENCIAL - Primeira seção do TCC

AT8.PV-Primeira seção do TCC
REFERENCIAL TEÓRICO RELATIVO AO PLANO DE INTERVENÇÃO –
ESCRITA DA PRIMEIRA SEÇÃO (CAPÍTULO) DO TCC
QUALIDADE NO ENSINO
O ensino de qualidade é uma questão social onde somos todos responsáveis.
Todos os cidadãos estão envolvidos de uma maneira ou de outra, a sociedade não é algo isolado, compartilhamos o mesmo espaço social, onde convivemos e de alguma forma estamos conectados. As condições de desenvolvimento humano acabam por influenciar na nossa vida diretamente ou indiretamente.
A escola por sua vez tem a missão de ativar esta consciência cidadã em sua comunidade escolar. Percebe-se que gradativamente a sociedade está cada vez mais distante da responsabilidade social de participar do processo educativo, a responsabilidade que antes era em sua maioria das famílias estão sendo terceirizadas ao Estado, delegadas as escolas principalmente, por serem um local de acesso garantido e seguro, muitas famílias tem se omitido com as questões educativas, sendo que esta deve ser dividida.
Dessa forma a realidade busca meios para criar possibilidades de desenvolver soluções que estabeleçam parcerias produtivas, capazes de unir recursos e compartilhar responsabilidades de maneira eficaz e eficiente. Conscientizando que a educação é a única forma de transformar o mundo, e precisamos realiza-la com responsabilidade e seriedade, distribuída como uma força tarefa.
Os educadores em especial tem o papel exclusivamente específico de repertoriar os educandos e a comunidade escolar de como está se dando esse processo de forma a disseminar informações que contribuam para contagiar a todos com a consciência educadora, para que possam se apropriar do processo educacional participando ativamente das ações da escola por uma educação de qualidade.

A criança é um ser em construção e esta se forma através de um processo que também não é algo estático, ou seja, educação também se transforma. Essa sociabilidade, essa polidez politica, deve ser bem estruturada. Para que isso ocorra existem muitas ferramentas propulsoras desse trabalho. Pensando em criar caminhos que apontem para essa questão, salientamos o Projeto Político Pedagógico que traz em seu contexto um conjunto de ações e reflexões capazes de promover com fluidez o desenvolvimento de atividades que assegurem o eixo desse objeto específico. 
A escola é uma instituição que também deve estar em constante evolução e progredir significa avançar em termos pedagógicos, humanos e administrativos, para tanto urge a necessidade de constituir mecanismos que ascendam a construção de cidadãos críticos e conscientes, essas atribuições são indispensáveis a uma sociedade humanizadora, onde a escola se insere com um papel principal de promoção dessa capacidade.
A democratização do ensino é uma das conquistas que a sociedade já considera inserida no papel, mas ela deve acontecer no interior das escolas, servindo como exemplo edificante. A Gestão Democrática Participativa da Escola não é apenas uma necessidade, ela tem a mesma denotação dos mecanismos digitais para melhorar a vida das pessoas, democratizar a gestão escolar é um acontecimento natural, e deve ser uma onda em que todos serão levados a mergulhar nessa nova realidade. Dessa forma o Projeto Político Pedagógico se instaura como ferramenta que viabiliza a forma de gestão que corresponde aos sentidos que deverão se articular e assumir-se como efetivo.
Esse repertório justifica a necessidade da construção do Projeto Político Pedagógico da escola, fundamentado na capacidade da escola assumir uma rica fonte de abordar aspectos fundamentais que são especialmente construídos na relação que resgata o sentido do coletivo e põe em prática os ideais em um todo coerente com as reais necessidades da escola.

A EDUCAÇÃO COMO UM DIREITO
Em uma comparação dos documentos elaborados no que se refere à defesa dos direitos do homem enquanto cidadão e no contexto dos princípios abrangentes ao progresso social, a luta historicamente constituída de busca pelos direitos essenciais a vida humana, vêm se processando gradualmente. 
Após a segunda guerra mundial, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas) com objetivo de promover a paz e a segurança no mundo todo. Em 1948 foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
“A partir daí, gozar o direito à instrução constitui o como expressão do reconhecimento da dignidade”. Essa garantia é inerente a todos os seres humanos, dentro dos seus direitos iguais e inalienáveis, respeitando a finalidade pretendida pelo poder público, visando benefício da própria sociedade.
Dessa forma, o direito à Educação está entre as necessidades básicas de subsistência, a fim de garantir progressivamente melhores condições de vida.
Incentivar e motivar o direito à educação formal, de forma qualitativa e não discriminatória, propicia às pessoas despertarem para promoção do respeito pelos seus direitos e liberdades, com isso a educação funciona como mecanismo que impulsiona para o desenvolvimento de todos os direitos fundamentais.
Nesse sentido, promover uma educação de qualidade, rompendo com obstáculos para que todos possam desfrutar desse direito legalmente constituído é um desafio constante e a educação como um todo vem buscando alternativas para enfrentar os diversos problemas que levam a exclusão, pois apesar das leis e de diversos documentos propiciarem a legitimação dos direitos, a garantia de um acesso igualitário ainda fica aquém das reais necessidades de oferta, prejudicando assim algumas comunidades que sofrem com a escassez de recursos e a exclusão, limitando-os de adquirir conhecimentos e habilidades essenciais para o desenvolvimento intelectual, humano, democrático e conscientemente ativo na sociedade em que está inserido. Cabe ao gestor da escola atuar com encaminhamentos que proporcionem a permanência e a igualdade de condições, respeitando esse direito de todos.
            A Educação, para atingir os seus fins, vivenciou avanços e recuos, liderados pela ideologia dominante, que levou milhões de seres humanos a continuarem privados de escolaridade ou analfabetos. É preciso deixar claro que desfrutar do direito à educação, garantido pela Constituição Federal, supera simples condição de acesso, advém de um “querer mais”, a Educação deve estar presente de uma maneira permanente e ativa.  O direito à educação é mais amplo que o direito à escola, a educação não se resume apenas ao fato ter o acesso a uma vaga, a escola ela precisa somar a vontade de eximir a falta de acesso às oportunidades a uma significativa garantia de ações voltadas para o sucesso do estudante. Não é possível construir um país socialmente justo, quando cidadãos ainda estão excluídos do direito à educação, sendo que esta oferta deve ser acompanhada pela qualidade necessária, fundamental na construção da cidadania e da justiça com equidade social.
Com o avanço da tecnologia e o aumento expressivo das possibilidades de comunicação, visualizamos o progresso cooperando para uma meta viável de expansão Universal do acesso igualitário, ainda que, apresentando deficiências, essa pode ser uma das maneiras de atingir milhares de pessoas, fornecendo subsídios para a atuação e a transformação das instituições escolares e sociais. A Educação, deve encarar o nascimento de uma sociedade moderna, onde a instrução ganhará destaque, avançando diferencialmente em igualdade de oportunidades, essa progressiva evolução tornar-se-á mais concreta quando a associação entre a oferta e a garantia de qualidade seja relevante e imprescindível e a defesa dos direitos não seja apenas um marco histórico.
 Assim, por questões sociais e humanas, o acesso à educação deve estar visível e palpável, pois disso resulta o instrumento necessário para redução das desigualdades sociais e das discriminações que possibilitam uma aproximação pacífica entre os povos de todo o mundo.

FORMA DE GESTÃO DA ESCOLA
O interior da escola em seu dia-a-dia é recheado de decisões que devem ser tomadas seguindo os princípios da gestão democrática, dentro de um processo de participação e responsabilidade coletiva, ou seja, na conformidade da lei, com um máximo de representação da comunidade escolar, em um conjunto composto pelo conselho escolar, equipe gestora, equipe pedagógica e docente, sempre garantindo a qualidade necessária para tornar o ensino em uma ferramenta de democratização.
            A rotina diária no interior das instituições escolares não  é tão simples quanto parece, por vezes falta comprometimento  de algumas partes, o que prejudica o processo de promoção da gestão democrática. Sempre que se encontra resistência, cabe ao gestor saber que é preciso trabalhar com encontros formativos, de maneira orientar sobre a importância da participação ativa no processo educativo, motivando os pares em geral.
            A comunidade escolar deve estar representada por membros que atuam nos órgãos colegiados, sendo sempre necessário ocorrer encontros periódicos, agendados previamente, vislumbrando o maior número de participantes, promovendo tais encontros em momentos oportunos para a maioria dos interessados. Visando assegurar o vinculo com os diversos segmentos, para que decisões tomadas estejam sempre em consonância com as perspectivas da comunidade escolar.
O grupo precisa conviver com este modelo de gestão democrática participativa e descentralizada, pois com a participação generalizada nos diversos momentos de tomadas de decisões aprendemos que a educação é algo complexo, que devemos fortalecer ações que garantam a mobilização de toda a comunidade escolar em busca de uma educação que prioriza a qualidade no atendimento.

PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E SUA EFETIVAÇÃO NA PRÁTICA ESCOLAR
O que é Democracia?
Democracia é a forma de governo em que a soberania é exercida pelo povo.                                
                       A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo)
                                                                                                                                             e kratos (que significa poder).
Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal.

Os princípios da gestão democrática na escola consistem em uma forma de administrar em que há participação das comunidades escolares. De acordo com suas peculiaridades são tomadas as decisões em articulação com os diferentes órgãos representativos dessa comunidade, por exemplo: as famílias, os órgãos colegiados como conselhos escolares ou equivalentes, conselhos vinculados aos órgãos públicos, etc.
A gestão democrática é entendida como a participação efetiva dos vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos decisórios da escola. Portanto, tendo mostrado as semelhanças e diferenças da organização do trabalho pedagógico em relação a outras instituições sociais, enfocamos os mecanismos pelos quais se pode construir e consolidar um projeto de gestão democrática na escola.
(escoladegestores.mec.gov.br/Políticas e Gestão na Educação/1 2.1. Gestão escolar democrática: definições, princípios e mecanismos de implementação./João Ferreira de Oliveira – UFG Karine Nunes de Moraes – UFG Luiz Fernandes Dourado – UFG)
As políticas púbicas criadas orientam as instituições de ensino para que assegurem o cumprimento dessa participação democrática.
Cabe aos estabelecimentos a execução dessas políticas estabelecendo vínculos, criando estratégias para que envolva a participação de todos.
Os principais mecanismos para sua efetivação são: conselhos municipais de educação, conselhos escolares, participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político Pedagógico e a participação da comunidade escolar em conselhos escolares.
Os princípios da gestão democrática na escola também estão ligados a valores, pois os profissionais que atuam nesta área lutaram e ainda lutam por uma educação de qualidade como pleno exercício da cidadania. Assim é necessário que essa participação seja consciente, exercendo com autonomia e responsabilidade seu poder de decisão na gestão.
Um dos principais desafios da gestão democrática está em construir relações, pois a democracia não existe por si só, não é apenas uma peça do motor de uma máquina. Para garantir uma integração e participação efetiva é necessário estimular o diálogo e o confronto crítico entre os diversos segmentos da comunidade escolar, pois estes são partes de um todo. 
As conflitantes relações são produtoras de interesses comum, capazes de promover uma experiência indispensável para o real exercício da cidadania.
PLANEJAMENTO E GESTÃO ESCOLAR
Inicialmente poderemos refletir sobre o que vem a ser a ideia de planejamento.
Planejar é criar um rol de metas e estratégias para alcançar determinado objetivo, estando relacionada com a preparação, organização e estruturação.
Mas o que é planejamento?
Falar em planejamento é falar em processo de organização de determinada
ação. Nisso consiste o processo de planejamento: ele envolve a definição da melhor maneira para se realizar determinadas ações, com vistas a se alcançar metas e objetivos previamente definidos, estabelecendo, para tanto, ações, atividades, etapas e prazos para o seu desenvolvimento e operacionalização, considerando as condições existentes.
Nesse processo é fundamental, ainda, assegurar o acompanhamento, a avaliação e o replanejamento, num movimento permanente de pensar e repensar a ação desenvolvida, o trabalho realizado.    
No processo de planejamento fazemos escolhas, definimos caminhos, tomamos decisões por meio das quais procuramos indicar onde queremos chegar, como pretendemos desenvolver e realizar determinada ação, considerando os recursos e meios de que dispomos para alcançar nossos objetivos.
Nesse processo de organização da ação, o ponto de partida deve ser o lugar em que nos encontramos, a realidade que está posta, para a partir daí mirar em novos horizontes, delinear novas metas e novos objetivos, projetar, alçar novos vôos. (Marcelo Soares Pereira da Silva – UFU, Escola de Gestores da Educação Básica)
O Planejamento em Gestão Escolar não acontece apenas no interior da escola, ele começa nas esferas superiores, em diferentes níveis, desde os sistemas de ensino até chegar à execução docente em sala de aula.
As reflexões que sustentam o seu significado teórico-prático se orienta também em processos mais complexos da trajetória histórica, onde, por exemplo, a ideia de Planejamento surge como uma ferramenta usada de forma imposta e burocrática, funcionando essencialmente para buscar maior produtividade, ou ainda de maneira mais peculiar também pode oferecer uma forma exercer poder, gerando uma relação de submissão, ou de obrigação, articulando-se aos interesses de grupos hegemônicos. 

A história evidencia que há uma estreita aproximação entre o planejamento e o poder, e entre estes e o saber:
“o plano se situa na articulação do saber e do poder, ali onde o pensamento cessa de ser puro, mas onde a ação não é ainda senão um projeto
(Massé apud Baia Horta,1991).”
Analisando as diversas esferas administrativas que planejam seu trabalho, coincidem em grupos capazes de vencer desafios, para o qual a definição de objetivos pautada em um projeto comprometido, semeia-se sobre a construção de ferramentas que irão gerar um princípio norteador, capaz de produzir uma relação que aproxima e articula a realidade do planejamento, resultando em conhecimentos futuros para acompanhar e avaliar de forma mais segura e eficaz os processos de desenvolvimento do projeto planejado.
O Planejamento Pedagógico hoje reflete quais as contribuições pode gerar e como pode articular as metas previstas nos Planos Nacionais e Municipais, juntamente com as metas de cada Unidade em particular com as características que dela necessitam ser consideradas.
É preciso pensar um Planejamento Escolar que articule princípios democráticos comprometidos com uma educação emancipatória e pautado na construção da autonomia. 
É na construção do Projeto Politico Pedagógico que a escola poderá articular as orientações dos Planos e Metas Nacionais e Municipais, para isso é necessário a definição de um marco referencial, realização de um diagnostico da realidade escolar, e uma programação das ações que serão feitas para a efetivação da prática pedagógica.
O Planejamento Escolar Pedagógico no cotidiano da escola em que atuo atualmente proporcionou uma experiência muito positiva, focado em na prática reflexiva o Planejamento foi realizado de forma organizada, sistematizada e participativa, proporcionando uma relação consciente, capaz de mexer com todos os envolvidos contribuindo de diversas formas, realizado de forma dinâmica ao mesmo tempo acompanhado de bons resultados.
Pensar, planejar, prever, refletir, discutir, compartilhar ideias, organizar, reorganizar metas e alinhar a dinâmica da proposta pedagógica da escola, contemplando as metas da aprendizagem e contribuindo para as propostas governamentais. Nesse processo, as escolas atribuem significados que promovem o alcance dos objetivos e resultados almejados.

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL,
NA PERSPECTIVA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

APRESENTAÇÃO
A Avaliação Institucional desperta a atenção para o trabalho educativo, desde que considere a importância dos aspectos globais do qual se deu a aprendizagem.
Dessa forma o produto desse processo passa a ter maior relevância, ou seja, auxilia a escola na formação de cidadãos conscientes, críticos e participativos na sociedade.
Destacar que o sucesso ou o fracasso do desenvolvimento educacional, não é algo isolado, nessa ótica, a avaliação torna-se algo coletivo, pois é o resultado final de um processo em que todos os envolvidos têm responsabilidades, ou seja, estudantes, professores, pais, gestores e todos os demais segmentos.
Na avaliação é preciso considerar uma visão global da escola, então é preciso refletir sobre que dimensões e aspectos podem considerar no acompanhamento do processo ensino aprendizagem.
Para garantir o estabelecimento de mecanismos mais adequados, a equipe escolar, junto aos demais segmentos envolvidos poderá realizar os processos de construção da proposta de avaliação institucional da seguinte forma:
  • Realizará uma análise dos resultados de avaliações externas da escola e da região
  • Reflexão sobre as avaliações já desenvolvidas na escola e no respectivo sistema
  • Realização de uma avaliação própria
  • Verificação de pontos fortes e pontos fracos
  • Encaminhamentos de responsabilidades
  • Cronograma de desenvolvimento das ações
  • Discussão e elaboração da Proposta de Projeto de Avaliação
  • Criação da Comissão Própria de Avaliação
  • Sensibilizar e conscientizar a comunidade da necessidade de estabelecer a Avaliação como processo contínuo
  • Levantamento dos dados e informações
  • Relatório sobre os resultados obtidos
  • Estabelecer mecanismos de divulgação dos resultados obtidos para a Comunidade Interna e Externa
  • Acompanhamento e desenvolvimento
  • Elaboração do Relatório Final


DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR

No contexto educacional atual a escola tem se organizando para atender as demandas em busca de um grande desafio que é oferecer educação de qualidade, para isso ocorrer de forma sistemática e efetiva o Conselho Escolar é uma das ferramentas valor mais expressivo, pois ele requer ações que colocam em prática o que se aprende com cidadania e a democracia, ou seja, vivencia-se a democratização nas relações.
O que é conselho escolar?
O Conselho Escolar (CE) é um órgão de natureza consultiva, fiscalizadora, mobilizadora, deliberativa e representativa da comunidade escolar, composto por membros de todos os seus segmentos (alunos, pais ou representantes de alunos, professores, servidores), com a finalidade de auxiliar a gestão democrática da Instituição pública de ensino na qual se encontre instalado.

O fato é que a escola é uma instituição social, nesta perspectiva, as discussões e decisões frente às ações elaboradas e executas surge a necessidade de uma gestão democrática participativa. Visto que o ensino deve fomentar a construção de valores, é indispensável contribuir significativamente, dessa forma não se pode negar que o seu espaço é um lugar privilegiado para o exercício de uma cidadania consciente e comprometido.
Nesse sentido a atuação de órgãos de apoio como o Conselho Escolar estabelece uma relação entre a instituição e a comunidade escolar, que tem como foco compreender uma gestão descentralizadora.  Neste sentido o fortalecimento do Conselho Escolar, através da gestão participativa e transparente, colabora com a progressiva autonomia das unidades escolares e promove o papel da escola e da Comunidade na garantia de uma educação básica de qualidade.
A demanda de consolidação da gestão democrática está proposta também em legislação, por exemplo, na LDB, em seu Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Dessa forma é um desafio, constituir posicionamentos que combatam a ideia de que a escola é uma instituição de ensino que deve ser burocrática e hierárquica, caracterizada singularmente, sem perceber acompanhamentos e participações críticas.
Podemos então utilizar o Conselho Escolar como instrumento que oferece respaldo para estabelecer o compromisso com uma educação de qualidade, como um sustentáculo que impulsiona a democratização na escola.
A gestão democrática no sistema educacional público abre possibilidades para que se construa uma escola pública de qualidade, que atenda aos interesses da maioria da população brasileira, além de representar uma possibilidade de vivência e aprendizado da democracia, podendo, portanto, tomar um sentido diferenciado. (AZEVEDO, 2006, p. 510).
Esse processo de implantação dos Conselhos escolares aumentam as possibilidades reais de conscientização e socialização de uma perspectiva emancipatória de mundo, pois eles representam as comunidades escolar e local, por meio de experiências como a representação, participação, acompanhamento e avaliação do Projeto-Político- Pedagógico, considerando os interesses e necessidades da maioria definindo objetivos e prioridades que se mostram compatíveis com a qualidade social que se projeta.

             

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